A ética no ambiente de trabalho é algo crucial.
A princípio, a palavra ética vem do idioma grego antigo ethos com duas variantes: êthos (caráter) e éthos (costume). De forma conceitual, ética é aquilo que define suas ações como certas ou erradas. Aristóteles escreveu em seu livro “Ética a Nicômaco” que a ética está relacionada com a busca da construção pessoal de um ser virtuoso. Por outro lado, Kant afirma que as ações do homem devem ser guiadas pela razão, sem se relacionarem com a cultura do indivíduo.
Vários filósofos estudaram acerca do assunto. Em meio às diversas definições possíveis para a palavra ética, é de senso comum que é ela quem guia as ações de uma pessoa. Elas estão relacionadas com a conduta do ser humano., sempre levando em conta o respeito pela vida, bem estar e patrimônio alheio. Sendo assim, uma questão de honestidade e de caráter.
Muitos comparam a ética com as leis que regem o convívio social das pessoas. Em partes, ambas são parecidas, mas possuem diferenças em determinados pontos. Assim como as leis não abrangem todas as ações antiéticas, nem todas as atitudes antiéticas são criminosas. Um exemplo prático seria quando procrastinamos na realização e na entrega de tarefas que, por mais que seja uma atitude antiética, não é considerada uma pratica ilegal.
A falta de ética e o “jeitinho brasileiro”
O termo “jeitinho brasileiro” está enraizado no cultural de nossa sociedade e é o exemplo mais nítido disso. Isso aponta que a falta de ética pode se camuflar em pequenas ações.
Um levantamento realizado pelo instituto Akatu ,em 2017, revelou que o brasileiro trabalha cerca de 1737 horas por ano. Isso corresponde a 20% do seu tempo de vida, durante um ano, desconsiderando o tempo gasto no trajeto de casa para o trabalho.
Dessa forma, por se tratar de uma área onde é exigido alto nível de confiança, o contador deve exercer suas funções com honra e honestidade. Vale destacar que, é estritamente proibido ao contador fazer comentários pejorativos contra seus colegas ou sua classe. Ele nunca deve agir em desacordo com a legislação, pois, a sociedade, as empresas e os clientes necessitam de uma postura profissional e responsável.
A ética na contabilidade
Contudo, é preciso lembrar que a ética na contabilidade vai além do que foi estabelecido no código de Ética Profissional do Contador (CEPC). Sabemos que a corrupção se encontra em todos os meios da sociedade e em meio a tudo isso, o contador tem um papel fundamental. O contador tem o dever de estar eticamente preparado para lidar com essas situações, caso ocorram.
A maioria das pessoas não conhecem as funções que um contador exerce, vai muito além de “calcular imposto”, “calcular o valor de uma rescisão” ou “lançar extrato bancário”. O contador tem o dever de orientar seus clientes a sempre fazerem o correto, a não realizarem práticas ilegais ou ações que possam infringir os normativos legais.
É sempre válido destacar que, ao seguir as instruções de um contador, muitos transtornos são evitados. Além disso, isso proporciona segurança e garante a paz e o sossego do seu negócio.
De acordo com uma análise interna, os contadores precisam sempre tratar seus colegas com solidariedade, empatia, respeito, consideração e basear suas atitudes na ética e na moral. Jamais mencionar os mesmos de maneira caluniosa, não apropriar-se de conteúdos onde não tenha tido participação, evitar problemas, dentre outros.
Muitos são os direitos e deveres do cidadão, garantidos perante a constituição federal. Além disso, estão as obrigações morais e éticas que devem ser a base de qualquer ação a ser realizada. Não seguir as leis é assumir o risco das penalidades. Ao escolher agir com atos contraditórios aos valores morais, perdemos nossa ética.
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