O Home Office ganhou um forte destaque após os últimos acontecimentos mundiais. Além disso, ele trouxe uma outra modalidade que tem despertado o interesse das empresas.
Anywhere office, em tradução literal “escritório em qualquer lugar”, virou tendência no mercado atual. O objetivo é possibilitar a realização do trabalho remoto que aumentou após a pandemia do novo coronavírus. Subitamente, os empresários tiveram que se adaptar a outra realidade para preservar o isolamento social e evitar a disseminação do vírus.
Nesse modelo, os colaboradores precisam apenas de computadores, smartphones e internet para trabalhar, seja no lugar que for. Isso permite mudanças até mesmo de países e possibilita viagens com mais flexibilidade. Para falar desse novo modelo, primeiramente, vamos levantar outras modalidades de trabalho remoto.
O Home Office
Foi implementado o home office e o regime de teletrabalho, regido pela CLT no artigo 75-A e seguintes com maior aplicação. Era possível se atentar a uma certa resistência na adaptação dessa nova modalidade. Isso, por se tratar de algo novo, advindo da lei 13.467/2017, no entanto, agora é possível observar um pequeno “problema” para o retorno das atividades presenciais.
Mesmo com 4 (quatro) anos de vigência da lei 13.467/2017, ainda existem muitas dúvidas sobre o que é teletrabalho. As dúvidas são sobre como pode ser implementado, quais são os riscos que pode gerar ao empregador e o que aumentou com o home office.
De modo geral, a maior diferença entre essas duas modalidades, consiste no fato de que, no caso do teletrabalho, deve estar previsto no contrato de trabalho, estando também, fundamentado na lei celetista. Portanto, não se restringe ao trabalho de forma remota, assim como o home office. Há exigências com o novo texto da CLT. Um exemplo desta modalidade é a prevalência fora das dependências da empresa, com a utilização de meios da telecomunicação, desde que não estabeleça trabalho externo.
No entanto, o home office não foi tão inovador, disposto pela reforma trabalhista ou pela pandemia do novo coronavírus. Nessa modalidade, não há exigências específicas de previsão contratual como no teletrabalho, podendo ser estabelecido pelas políticas internas da empresa. Dessa maneira, será de responsabilidade da empresa estipular as normas do trabalho, de forma que a empresa tenha seu próprio regime.
E qual é a opinião dos colaboradores?
Em ambas circunstâncias, os colaboradores vêm percebendo vantagens com o trabalho remoto em relação ao molde presencial. Ressalta-se que obtiveram uma flexibilidade de horário, o que permitiu gerenciar melhor as responsabilidades profissionais e pessoais, além de aproveitar melhor o tempo com a família. Portanto, resguardam o ganho de tempo e, segundo Plutarco, “Ter tempo é possuir o bem mais precioso para quem aspira a grandes coisas”.
Se do lado dos colaboradores esse foi o ganho de maior valia, do lado dos empresários houve uma grande economia, seja com equipamentos e maquinários, como na diminuição das despesas com aluguéis e estrutura física.
Então, seguindo essa linha, as empresas começaram a oferecer vagas de empregos onde é possível de se desenvolver em qualquer lugar, o chamado anywhere office. Essa modalidade é diferente de teletrabalho, pois não encontra respaldo em lei até o momento. E é importante ressaltar que esse serviço pode ser feito integralmente fora da empresa. Diante disso, o empresário não pode colocar como obrigação a presença física do colaborador no escritório, por exemplo. Desta forma, o colaborador poderá exercer suas atividades estando em qualquer lugar.
Contudo, não é tão simples a adaptação. É preciso um grande esforço por parte do colaborador e dos funcionários. A atuação começa com reuniões com todos os profissionais da corporação, para no primeiro momento entender a melhor forma de adaptar o fluxo de trabalho para esse formato.
A diferença entre Home Office e Anywhere Office
Surgem muitas dúvidas, principalmente sobre o contrato de trabalho. Para responder esses questionamentos, deve ser analisado caso a caso, tendo em vista a abrangência do assunto.
Sobretudo, ao contrário do home office, o anywhere office traz maior independência e autonomia. O profissional que já estava empregado e/ou irá mudar de país desempenhando a mesma função, o contrato de trabalho continua vigendo normalmente. Porém, é importante fazer um aditivo ao contrato, informando que ele será cumprido normalmente de forma remota, em outro país. Contudo, esse aditivo não é necessário para abonar a validade do contrato de trabalho. Logo, as leis trabalhistas continuam a regular essa relação entre o empregador e o empregado.
Como deu para perceber, o anywhere office tem diversos benefícios e desafios. Para muitos é uma novidade, no entanto, dados mostram o contrário. Na Alemanha, 80% das empresas já implementaram a política de trabalho flexível, segundo à pesquisa da IWG. Além disso, aqui no Brasil, esse número chega a 67%, nos EUA 69%, o que é maior que França e Espanha, com 60% e 61%, respectivamente. Com base na média mundial, o Brasil está acima do índice registrado de 62%, um grande ponto positivo.
Essa modalidade de trabalho remoto desafia os limites da mobilidade e, de quebra, ainda gera o ganho de qualidade de vida. Ela melhora o nível de satisfação dos colaboradores, clientes, o aumento da diversidade e a inclusão nas empresas, trazendo uma série de vantagens para empresas e profissionais.
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